‘Araraquara nunca baixou a guarda em relação à pandemia’, reforça Edinho

Além do enfrentamento à pandemia da Covid-19, o momento também exige o combate à desinformação e às ‘fake news’ divulgadas por meio das redes sociais e da internet. Uma delas foi desmentida pelo prefeito Edinho em entrevista à imprensa de Araraquara na terça-feira (2): o município nunca fechou o hospital de campanha ou reduziu o número de leitos de atendimento a pacientes. Ao contrário, ampliou.

Inaugurado em maio do ano passado e construído em 50 dias no antigo imóvel da Novamoto, na Rua Domingos Zanin, o Hospital da Solidariedade possui 31 leitos de enfermaria e 20 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo fundamental para o socorro aos pacientes contaminados pelo coronavírus. Desde a implantação do hospital de campanha, 732 pacientes foram internados no local.

Um hospital de campanha é uma estrutura temporária montada em casos de emergência de saúde pública, como é a pandemia da Covid-19. Isso permite a ampliação de leitos de UTI e de enfermaria.

Em Araraquara, mesmo com a queda nas contaminações no ano passado, a Prefeitura decidiu não desmontar o hospital e continuar utilizando a estrutura de atendimento. Outras cidades foram na direção contrária e, com o agravamento da pandemia, precisaram reabrir esses hospitais.

“Enquanto muitos municípios, no final do ano, fecharam os hospitais de campanha, nós tínhamos uma avaliação da possibilidade do retorno da doença, que na verdade nunca passou. Se pegarmos as taxas de positivação em Araraquara, no melhor momento, tivemos 15% de positivação de testes. Araraquara nunca deixou de ter pandemia. Tínhamos uma leitura de que seria um erro desmontar a nossa estrutura. Araraquara nunca desmobilizou equipamentos. E não é uma crítica a outras cidades que tiveram uma compreensão diferente”, explicou Edinho.

“Nós investimos recursos em um ano difícil, de queda de arrecadação e depressão econômica internacional, mas fizemos um esforço imenso de manutenção da estrutura de testagem e de atendimento à doença. Também reabrimos o Pronto-Socorro do Melhado e ele tem feito a diferença. Araraquara nunca baixou a guarda em relação à pandemia”, complementou o prefeito.

Sobre o Pronto-Socorro do Melhado, vale outra observação: a unidade recebeu os 20 leitos de enfermaria que estavam instalados na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em frente ao polo de triagem da Covid-19 da UPA da Vila Xavier.

Esses leitos só foram retirados do local para que a igreja pudesse retomar suas atividades normais. Por iniciativa da própria instituição, que procurou a Prefeitura para colaborar, foram seis meses (abril a outubro) cedendo seu espaço de forma solidária para o município de Araraquara salvar vidas durante a pandemia.

Com o término do contrato de cessão do espaço, a Prefeitura transferiu esses leitos para o Melhado. Portanto, não é verdade que o município simplesmente fechou os leitos da igreja, como circula na internet: eles mudaram de local e continuam atendendo pacientes.

A Prefeitura ainda irá ampliar a estrutura do Melhado com a instalação de 10 leitos de UTI, somando-se aos atuais 20 leitos de enfermaria. Um aparelho de hemodiálise está sendo contratado para atender pacientes com complicações renais em decorrência da Covid-19.

A unidade do Melhado já possui um tomógrafo, equipamento fundamental para verificar a situação dos pulmões e do sistema respiratório, que é o mais afetado pelo coronavírus. Uma usina de produção de oxigênio também será instalada no local.

“Depois dos problemas respiratórios, a complicação que mais ocorre no paciente grave de Covid-19 é problema renal. Nós optamos por instalar esse equipamento no Melhado, porque o local possui uma estrutura mais adequada para isso”, afirma Eliana Honain, secretária de Saúde.

Cuidado com as mentiras
Na entrevista aos jornalistas, o prefeito Edinho destacou o papel fundamental dos veículos de imprensa na divulgação dos fatos verdadeiros e no combate às ‘fake news’.

“A imprensa historicamente tem um papel importante nos momentos importantes da sociedade. A imprensa é um meio de comunicação social. É o principal veículo de diálogo entre o poder público e a sociedade, e a imprensa traz com ela o carimbo e a marca da credibilidade. A imprensa não trabalha com ‘fake news’, a imprensa não alimenta inverdades, a imprensa é factual”, declarou Edinho.