Novos membros do Conselho de Agricultura Urbana Sustentável são empossados - Edinho Silva
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Novos membros do Conselho de Agricultura Urbana Sustentável são empossados

Na noite desta quinta-feira (10), o prefeito Edinho empossou, em solenidade na sala de reuniões da Prefeitura, os novos integrantes do Conselho Municipal de Agricultura Urbana Sustentável, órgão vinculado à Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo.

Em virtude da pandemia da Covid-19, a atividade contou com público reduzido e seguiu todos os protocolos de segurança preconizados pelo Comitê de Contingência do Coronavírus. A população pôde acompanhar ao vivo em transmissão na página da Prefeitura no Facebook, onde o vídeo se encontra disponível para visualização.

Contando com fundo próprio, o conselho possui os objetivos de auxiliar na gestão do Programa Municipal de Hortas Urbanas Comunitárias – “Colhendo Dignidade”, de estabelecer diretrizes para a organização das hortas, de acompanhar e avaliar os projetos e de organizar as demandas locais. É composto por 14 membros titulares, representantes do Poder Executivo e dos beneficiários das ações e dos programas vinculados à agricultura urbana. O mandato de cada representante é de dois anos, permitida a recondução, e para exercer a função os conselheiros não recebem qualquer tipo de pagamento, remuneração, vantagens ou benefícios.

O programa “Colhendo Dignidade” conta com o diálogo e a parceria com a comunidade, tendo como foco a união de esforços para a produção de alimentos saudáveis, visando o combate à fome, a garantia de alimentação adequada e o fomento à geração de renda à população em situação de vulnerabilidade social. Conta com hortas urbanas instaladas no São Rafael e no Oitis, com um total de 12 famílias atendidas atualmente. O programa prevê mais duas hortas implantadas neste ano, nos bairros do Valle Verde e Hortênsias.

Em seu discurso na cerimônia, Edinho valorizou o propósito do Programa Municipal de Hortas Urbanas Comunitárias. “É um projeto que conta com duas questões básicas. O primeiro é a organização popular, porque tem que ter uma organização das pessoas para estarem participando desse projeto, que exige muito. E claro que tem que ser um projeto que avance em sua simbologia e no seu significado, ou seja, que ele também representa um avanço no programa de segurança alimentar”, explanou. “Eu acredito muito nesse projeto e estamos tentando ajustá-lo à realidade, porque com as características que temos em Araraquara, ele é muito diferente das outras experiências que se tem por aí. Ele tem um caráter diferente, inovador, e eu vou continuar acreditando muito”, completou o prefeito.

O vice-prefeito e secretário de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Damiano Neto, revelou que foi surpreendido com a evolução das Hortas Comunitárias na cidade. “É uma satisfação muito grande estar aqui. Preciso confessar em público que quando o prefeito Edinho lançou as Hortas Comunitárias, eu não fui contra, mas via um conflito entre o lado urbano e a questão rural. Hoje o programa é um grande sucesso, mudamos a lei e percebi a importância de tudo o que vocês estão fazendo, principalmente as mulheres. É um projeto que não é só uma questão de renda, mas mental e de saúde. Quero parabenizar a todos. Continuem com essa luta, que é muito importante, e podem contar conosco”, salientou.

A coordenadora executiva de Agricultura da Prefeitura, Enedina Ferreira de Andrade, apontou que as Hortas Urbanas vão além da questão de alimentação e fortalecem a identidade cultural das famílias participantes. “Andando pela cidade, visitando e conhecendo os locais e os bairros, nós presenciamos uma agricultura aqui na cidade. E a agricultura urbana é desenvolvida em Araraquara há muito mais tempo do que todos imaginavam. O Programa das Hortas Urbanas Comunitárias veio para juntar esse povo que já fazia agricultura urbana na cidade de uma outra forma, mais organizada, cooperada, com trabalho organizativo e com a inserção das mulheres desses bairros, que já faziam muitas plantações em seus quintais. Essa identidade, que trouxemos de muito tempo e acredito que quem está na cidade tem sua memória no campo, faz com que aquilo que elas faziam em seus quintais fossem levados para a horta. Com isso, levou também sua cultura, seu jeito de ser e de se relacionar”, explicou.

O coordenador de Participação Popular, Anderson Morfy, desejou sucesso aos novos integrantes do conselho. “Na minha opinião, a Horta Comunitária é um projeto revolucionário. Eu tive a oportunidade de participar da primeira colheita que teve no ano passado, em um momento difícil de pandemia e com todos preocupados se o projeto continuaria. E hoje é um projeto que é muito mais que uma horta, hoje existe um conselho e existe perspectiva de vida para as pessoas, do ponto de vista da geração de trabalho e renda e do ponto de vista da alimentação saudável. Isso só mostra que Araraquara tem compromisso com a população e com os mais necessitados, não só no sentido de dar o que precisa, mas de criar as condições para as pessoas terem o que mais precisam”, ressaltou.

Representando a sociedade civil, a moradora Camila Marcos da Silva, do Jardim São Rafael, falou sobre a experiência vivida na horta comunitária de seu bairro. “Eu estou no projeto desde o início, em 2019, e é muito gratificante ver tudo o que estamos colhendo. Além de ser saudável, é algo que beneficiou muito a minha família financeiramente porque eu não sei mais o que é comprar verdura. Seria muito interessante se isso pudesse chegar a mais pessoas”, relatou.

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