Reunião entre Prefeitura e Ministério Público aborda saídas para crise da Santa Casa e busca evitar necessidade de intervenção
A construção de saídas para a crise da Santa Casa de Araraquara foi tema de reunião do prefeito Edinho e de representantes da Secretaria de Saúde e da área jurídica da Prefeitura com o promotor Frederico Barruffini, responsável pela área de Saúde Pública, na sede do Ministério Público, na tarde de terça-feira (17).
“A Santa Casa é nosso principal hospital SUS de Araraquara e região, referência para 24 municípios. Todos sabem a crise que a Santa Casa enfrenta. Nós participamos dessa audiência com o intuito de construirmos saídas. Queremos ajudar a Santa Casa a sair dessa situação”, disse Edinho em transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Em todos os momentos em que o hospital enfrentou dificuldades, a Prefeitura de Araraquara sempre buscou, dentro das suas possibilidades, socorrer a Santa Casa para que os serviços não fossem interrompidos. O socorro muitas vezes é financeiro e, em outros, com repasses de produtos, materiais e até medicamentos.
“A Santa Casa recebe todos os meses recursos do SUS, que é o principal financiador do hospital. Somente neste mês, foram mais R$ 3.460.000 repassados pelo SUS. Recursos formados por tributos de todos os entes federados: União, estados e municípios”, lembrou o prefeito.
União
Edinho destaca que a solução dos problemas da Santa Casa não depende apenas da Prefeitura, mas o Município está disposto a colaborar no que for possível. “Queremos ajudar a construir saídas para a Santa Casa. Essa responsabilidade é também da Prefeitura, mas não só da Prefeitura. Tem que ter uma mobilização de todos os municípios da região. E queremos também ajudar na gestão, e não só ajudar a levantar recursos para custeio. Queremos ir para dentro da Santa Casa, colaborar na gestão, fazer uma junção de todas as forças políticas e da sociedade civil. A Santa Casa é o nosso hospital secular, é o hospital que pertence ao povo de Araraquara. O Ministério Público está ajudando na construção dessas soluções. Queremos construir propostas de gestão para que a Santa Casa possa recuperar sua governabilidade, sua sustentabilidade, como sempre foi o hospital: um modelo. O atendimento do hospital está precarizado, e nós não podemos conviver com isso”, declarou.
Para Edinho, o pior caminho é o da intervenção, como já ocorreu no passado, mas sempre o que determina a medida a ser tomada é o interesse do usuário do SUS. “Por isso, temos que construir saídas administrativas para que o extremo não se imponha”, afirmou o prefeito.
Edinho lembrou que o Município possui limitações de atuação, já que também é responsável por toda a rede básica de saúde, pela Maternidade Gota de Leite, pelas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), pelo Hospital da Solidariedade (hospital de campanha) e pela unidade de retaguarda do Melhado (antigo Pronto-Socorro do Melhado, que foi reaberto durante a pandemia).
Também participaram da reunião no Ministério Público a secretária interina de Saúde, Talitha Martins; o coordenador de Gestão da Secretaria de Saúde, Delorges Mano; o coordenador de Avaliação e Controle, também da Saúde, Edivaldo Trindade; e o procurador-geral do Município, Rodrigo Cutiggi.